Anulação do Dakar'2008 "dá" prejuizos aos países por onde passava a prova
Enquanto alguns perdem o tempo em contas fúteis, outros lidam com a realidade dos números duros provocados pela anulação do Dakar'2008.
E por muito que organizações como as equipas de fábrica percam, o maior prejuízo vai para os países onde passa a prova, especialmente os africanos, mais débeis.
O governo do Senegal, cuja capital, Dakar, acolhe a chegada, estima a perda em cerca de 2 milhões de euros.
A Mauritânia, país onde, de acordo com informações recolhidas pelos serviços secretos franceses, estavam planeados os atentados, junta danos financeiros aos de imagem.
Soube-se, entretanto, que só Lisboa terá encaixado mais de 15 milhões de euros de retorno em 2007.
Para este ano, o Estado entrou com uma verba na ordem dos 3 milhões de euros que compôs o orçamento entre os 5 e os 6 milhões da parte portuguesa da organização, a Lagos Sport.
Ontem, na SIC Notícias, o principal responsável da empresa, João Lagos, admitiu: "Temos as nossas responsabilidades perante os nossos parceiros. Não espero problemas e compreendo que tenham expectativas de ser ressarcidos" .
Lagos adiantou ainda que a organização francesa, a ASO, "é a dona do Dakar e será ela que terá de decidir quanto às indemnizações [a concorrentes, patrocinadores e parceiros]. Mas não se sabe se os seguros cobrem esta situação na totalidade".
Ontem já tinham sido restituídos os valores das inscrições aos 556 concorrentes (13 mil euros por moto e 22.500/carro).
Em comunicado, a organização revelou que "foi estabelecida uma metodologia única para ser usada pelas duas organizações", que permitirá proceder a indemnizações a partir de amanhã.
Sobre 2009, Lagos reafirmou: "Não sei se haverá mas, como sou optimista, a realizar-se, Lisboa voltará a ser o palco da grande partida".
Mas o peso é grande mesmo para os mais ricos. Dominique Serieys, director do Team Mitsubishi, revelou ontem que "o retorno mediático esperado era de 35 a 40 milhões de euros" – segundo apurámos, os orçamentos das grandes equipas rondam os 50 milhões de euros.
Serieys termina frisando que, "após a cedência [aos terroristas], o formato africano do Dakar chegou ao fim".
Por António Espanhol, jornalista "Record"
Fotos: Lusa (Brasil) e O Jogo
E por muito que organizações como as equipas de fábrica percam, o maior prejuízo vai para os países onde passa a prova, especialmente os africanos, mais débeis.
O governo do Senegal, cuja capital, Dakar, acolhe a chegada, estima a perda em cerca de 2 milhões de euros.
A Mauritânia, país onde, de acordo com informações recolhidas pelos serviços secretos franceses, estavam planeados os atentados, junta danos financeiros aos de imagem.
Soube-se, entretanto, que só Lisboa terá encaixado mais de 15 milhões de euros de retorno em 2007.
Para este ano, o Estado entrou com uma verba na ordem dos 3 milhões de euros que compôs o orçamento entre os 5 e os 6 milhões da parte portuguesa da organização, a Lagos Sport.
Ontem, na SIC Notícias, o principal responsável da empresa, João Lagos, admitiu: "Temos as nossas responsabilidades perante os nossos parceiros. Não espero problemas e compreendo que tenham expectativas de ser ressarcidos" .
Lagos adiantou ainda que a organização francesa, a ASO, "é a dona do Dakar e será ela que terá de decidir quanto às indemnizações [a concorrentes, patrocinadores e parceiros]. Mas não se sabe se os seguros cobrem esta situação na totalidade".
Ontem já tinham sido restituídos os valores das inscrições aos 556 concorrentes (13 mil euros por moto e 22.500/carro).
Em comunicado, a organização revelou que "foi estabelecida uma metodologia única para ser usada pelas duas organizações", que permitirá proceder a indemnizações a partir de amanhã.
Sobre 2009, Lagos reafirmou: "Não sei se haverá mas, como sou optimista, a realizar-se, Lisboa voltará a ser o palco da grande partida".
Mas o peso é grande mesmo para os mais ricos. Dominique Serieys, director do Team Mitsubishi, revelou ontem que "o retorno mediático esperado era de 35 a 40 milhões de euros" – segundo apurámos, os orçamentos das grandes equipas rondam os 50 milhões de euros.
Serieys termina frisando que, "após a cedência [aos terroristas], o formato africano do Dakar chegou ao fim".
Por António Espanhol, jornalista "Record"
Fotos: Lusa (Brasil) e O Jogo
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