CampeonatoMadeirense de Ralis: Miguel Nunes vence Rali do Nacional da Madeira e ascende à liderança da competição

O piloto Miguel Nunes (Tomiauto) foi o grande vencedor do Rali do Nacional da Madeira, penúltima prova do Campeonato Madeirense de Ralis, que se disputou no passado fim-de-semana nas estradas da pequena localidade da Choupana.

Esta vitória permite que Nunes ascenda à liderança do Madeirense, com mais 1 ponto que o seu grande rival, Alexandre Camacho.

O piloto da Tomiauto, com um motor de última geração cedido pela Barroso Sport, não desperdiçou uma das últimas oportunidades de ainda lutar pelo título regional, e venceu 7 das 9 classificativas do Rali do Nacional da Madeira.

Alexandre Camacho venceu as outras duas PECs, mas ficou sempre muito perto de Miguel Nunes, que foi o 2º classificado nessas passagens.

O ainda campeão madeirense teve uma má escolha de pneus e agora terá que ficar à frente de Nunes no Rali do Faial (última prova do Campeonato Regional) para poder renovar o título.

O último lugar do pódio foi para Rui Pinto, que já se sagrou campeão da Produção devido à desistência de João Magalhães.

No Troféu dedicado aos carros com 2 rodas motrizes, o vencedor foi Luís Serrado aos comandos de um Pegeout S1600, que beneficiou da penalização de 3 minutos dada a Vítor Sá por ter falhado um controlo.

O 3º classificado deste troféu (6º da geral) foi Filipe Freitas, que durante todo o Rali andou "em guerra" com as complicadas condições climatéricas. Por outras palavras, podemos dizer que ora chovia, ora fazia sol, e Freitas ficava até à última hora indeciso sobre que tipo de pneus utilizar. Para azar do piloto madeirense, a escolha foi sempre errada, isto é, quando Freitas escolhia pneus de chuva, fazia sol, e quando escolhia pneus "slicks" chovia torrencialmente.

No Troféu Eng. Rafael Costa, João Ferreira foi o vencedor desta prova, ficando em boa posição para arrecadar a taça de campeão, pois Rui Fernandes ficou muito atrasado, devido a problemas no seu Mitsubishi Lancer IX.

Miguel Andrade venceu a prova na categoria Open e sagrou-se campeão regional desta competição, depois de Rui Nunes ter somado mais uma desistência, ao deparar-se com uma avaria irreparável no seu automóvel.


Classificação Geral:

1º Miguel Nunes (Peugeot 207 S2000) - 40m31s
2º Alexandre Camacho (Peugeot 207 S2000) - a 10s
3º Rui Pinto (Mitsubishi Lancer IX) - a 2m13s
4º Luis Serrado (Peugeot 206 S1600) - a 3m05s
5º João Silva (Renault Clio R3) - a 3m13s
6º Filipe Freitas (Renault Clio S1600) - a 3m29s
7º Rui Fernandes (Mitsubishi Lancer IX) - a 3m39s
8º Marco Rodrigues (Peugeot 206 S1600) - a 4m00s
9º Filipe Silva (Peugeot 206 RC) - a 4m30s
10º João Ferreira (Citroën C2) - a 4m53s


Jornalista: João Miguel Pereira

WRC: Armindo Araújo é campeão do Mundo da Categoria de Promoção

O piloto português Armindo Araújo sagrou-se ontem campeão do Mundo de Ralis (Categoria Promoção) ao terminar o Rali da Austrália na 4ª posição, prova que se realizou nas estradas de terra do distrito de Queensland.

O fim desta competição foi muito confuso, polémico e até fora do normal: Assim que terminou a última PEC, Sebastian Loeb (Citroen) foi considerado vencedor, subiu ao pódio, foi tocado o hino francês e foi feita a "festa do champanhe".

Porém, minutos depois, surgiu no site oficial do WRC uma classificação diferente daquela que tinha sido anunciada. Na tabela "informática" o nome de Mikko Hiorvonen aparecia em 1º e o de Loeb em 2º. Mas não era a única "troca", pois Armindo Araújo "subia" de 5º para 4º e Sordo "fazia o caminho inverso", ou seja, "descia" de 4º para 5º.

Perante tal cenário, os jornalistas juntaram-se à porta da cabine da organização para pedirem explicações, que surgiram depois de uma longa espera.

Afinal, a classificação que aparecia no site oficial era a correcta, pois tinha havido um protesto da Ford em relação aos Citroen sobre as barras estabilizadoras dos carros da marca francesa. Depois de analisarem os automóveis, a organização entendeu que as tais barras eram ilegais. Assim, todos os Citroen foram penalizados com mais 1 minuto, o que provocou aquelas trocas na tabela geral.

Com o 4º lugar, Armindo Araújo conquista o título da categoria de Produção, mas ainda não pode saborear o troféu, pois este só será entregue depois do TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) se pronunciar sobre a desclassificação do piloto dos Emirados Árabes Unidos Nasser Al-Attiyah, no Rali da Acrópole. Recorde-se que o atleta do pequeno reino árabe foi "atirado" para o último lugar do rali grego depois de terem sido encontradas pequenas peças de metal ilegais no seu Ford. No entanto, o piloto alega que não sabia de nada sobre essas peças e que isso não beneficiava o andamento do carro. A Comissão de Justiça da WRC não aceitou os argumentos de Al-Attiyah e desclassificou o piloto do Rali da Acrópole. A Ford achou que não tinha sido feita justiça e recorreu para o TAS, que ainda não se pronunciou sobre esta matéria.

Se, ao contrário do que se espera, Al-Attiyah "ganhar" o processo no TAS, a classificação muda completamente e Armindo Araújo vai precisar de mais um ponto para garantir o título.


Porém, em declarações à Agência Lusa, Araújo mostrava-se muito feliz e com a "certeza" que o campeonato já não lhe vai fugir: "Sei que ainda falta a decisão do TAS, mas em principio o recurso vai ser indeferido". .

De facto, tal pode vir a acontecer acreditando nos rumores que circulam na Internet. Em várias páginas existem relatos de pessoas que afirmam haver testemunhas que viram homens não fardados com as roupas da Ford a mexerem no carro de Nasser Al-Attiyah a meio da noite. Quem diz isso, afirma também que essas pessoas eram todas árabes e que o piloto estava entre elas.

Polémicas à parte, o piloto português afirmou que o seu "projecto era de apenas 3 anos, mas renovável" se fosse campeão do Mundo, acrescentando que "alguns patrocinadores" só continuavam a dar apoios se "os resultados fossem de alto nível".

Armindo Araújo disse ainda que antes da polémica penalização aos Citroen "estava muito triste" porque tinha conseguido apenas o 5º lugar, ficando a 1 ponto do tão "ambicionado título". Mas, "felizmente houve aqueles castigos, subi para 4º" e agora "é festejar até altas horas da noite".

O piloto portuense terminou as suas declarações dizendo que "um campeonato do Mundo é muito complicado, com provas longas, duras e onde tudo pode acontecer. É preciso ter a estrelinha da sorte, uma boa equipa e muito trabalho, mas mesmo muito trabalho. Só assim é que pode chegar a este nível e sentir esta alegria enorme".


Jornalista: João Miguel Pereira

Foto: O Jogo

Campeonato Açoriano de Ralis: Rali Ilha Lilás vai ser de consagração para Olavo Esteves

A 31ª edição do Rali Ilha Lilás (última etapa do Campeonato Açoriano de Ralis), que irá decorrer no próximo-fim-de-semana, vai ser de consagração para Olavo Esteves (Team Praia da Vitória), que na passada 2ª Feira conquistou pela 3ª vez consecutiva o "Açoriano".

Quem também promete fazer muita festa é Sérgio Cardoso, que já tem o título da categoria Renault Clio nas mãos, depois de Gustavo Louro (único piloto que ainda poderia sagrar-se campeão) ter anunciado que não irá participar no "Lilás".

Com os campeonatos principais entregues, a expectativa dos amantes dos Ralis vira-se para a categoria Fórmula 3, onde Fernando Menezes, Paulo Menezes e Nuno Silva ainda estão na luta pelo titulo.

Ao site Azores Digital, o piloto do Citroen Saxo referiu-se que espera fazer "um bom Rali" apesar de estar "muito limitado", pois o "carro só estará pronto na véspera da prova".

Por seu lado, o co-piloto, André Avelar, disse que "as recentes desistências" atiraram Fernando Menezes para a 3ª posição, mas o objectivo continua a ser "o Troféu Saxo e, se possível, o vice-campeonato de Fórmula 3".

Em relação ao Troféu mono-marca "Olavo Esteves Competições/Copitu II" (reservado apenas a Toyotas), a luta pelo título também está "reservada" a 3 pilotos: Teófilo Pires (Yaris), Paulo Leal (Yaris) e Tiago Mourão (Starlet).

Por fim, na categoria VSH, Hélder Pereira e Pedro Pereira vão lutar por um título que não deverá fugir ao jovem piloto, pois este tem 9 pontos de avanço sobre o 2º classificado, precisando apenas de 1 ponto para sagrar-se campeão.


Jornalista: João Miguel Pereira