WRC: Armindo Araújo é campeão do Mundo da Categoria de Promoção
O piloto português Armindo Araújo sagrou-se ontem campeão do Mundo de Ralis (Categoria Promoção) ao terminar o Rali da Austrália na 4ª posição, prova que se realizou nas estradas de terra do distrito de Queensland.
O fim desta competição foi muito confuso, polémico e até fora do normal: Assim que terminou a última PEC, Sebastian Loeb (Citroen) foi considerado vencedor, subiu ao pódio, foi tocado o hino francês e foi feita a "festa do champanhe".
Porém, minutos depois, surgiu no site oficial do WRC uma classificação diferente daquela que tinha sido anunciada. Na tabela "informática" o nome de Mikko Hiorvonen aparecia em 1º e o de Loeb em 2º. Mas não era a única "troca", pois Armindo Araújo "subia" de 5º para 4º e Sordo "fazia o caminho inverso", ou seja, "descia" de 4º para 5º.
Perante tal cenário, os jornalistas juntaram-se à porta da cabine da organização para pedirem explicações, que surgiram depois de uma longa espera.
Afinal, a classificação que aparecia no site oficial era a correcta, pois tinha havido um protesto da Ford em relação aos Citroen sobre as barras estabilizadoras dos carros da marca francesa. Depois de analisarem os automóveis, a organização entendeu que as tais barras eram ilegais. Assim, todos os Citroen foram penalizados com mais 1 minuto, o que provocou aquelas trocas na tabela geral.
Com o 4º lugar, Armindo Araújo conquista o título da categoria de Produção, mas ainda não pode saborear o troféu, pois este só será entregue depois do TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) se pronunciar sobre a desclassificação do piloto dos Emirados Árabes Unidos Nasser Al-Attiyah, no Rali da Acrópole. Recorde-se que o atleta do pequeno reino árabe foi "atirado" para o último lugar do rali grego depois de terem sido encontradas pequenas peças de metal ilegais no seu Ford. No entanto, o piloto alega que não sabia de nada sobre essas peças e que isso não beneficiava o andamento do carro. A Comissão de Justiça da WRC não aceitou os argumentos de Al-Attiyah e desclassificou o piloto do Rali da Acrópole. A Ford achou que não tinha sido feita justiça e recorreu para o TAS, que ainda não se pronunciou sobre esta matéria.
Se, ao contrário do que se espera, Al-Attiyah "ganhar" o processo no TAS, a classificação muda completamente e Armindo Araújo vai precisar de mais um ponto para garantir o título.
Porém, em declarações à Agência Lusa, Araújo mostrava-se muito feliz e com a "certeza" que o campeonato já não lhe vai fugir: "Sei que ainda falta a decisão do TAS, mas em principio o recurso vai ser indeferido". .
De facto, tal pode vir a acontecer acreditando nos rumores que circulam na Internet. Em várias páginas existem relatos de pessoas que afirmam haver testemunhas que viram homens não fardados com as roupas da Ford a mexerem no carro de Nasser Al-Attiyah a meio da noite. Quem diz isso, afirma também que essas pessoas eram todas árabes e que o piloto estava entre elas.
Polémicas à parte, o piloto português afirmou que o seu "projecto era de apenas 3 anos, mas renovável" se fosse campeão do Mundo, acrescentando que "alguns patrocinadores" só continuavam a dar apoios se "os resultados fossem de alto nível".
Armindo Araújo disse ainda que antes da polémica penalização aos Citroen "estava muito triste" porque tinha conseguido apenas o 5º lugar, ficando a 1 ponto do tão "ambicionado título". Mas, "felizmente houve aqueles castigos, subi para 4º" e agora "é festejar até altas horas da noite".
O piloto portuense terminou as suas declarações dizendo que "um campeonato do Mundo é muito complicado, com provas longas, duras e onde tudo pode acontecer. É preciso ter a estrelinha da sorte, uma boa equipa e muito trabalho, mas mesmo muito trabalho. Só assim é que pode chegar a este nível e sentir esta alegria enorme".
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: O Jogo
O fim desta competição foi muito confuso, polémico e até fora do normal: Assim que terminou a última PEC, Sebastian Loeb (Citroen) foi considerado vencedor, subiu ao pódio, foi tocado o hino francês e foi feita a "festa do champanhe".
Porém, minutos depois, surgiu no site oficial do WRC uma classificação diferente daquela que tinha sido anunciada. Na tabela "informática" o nome de Mikko Hiorvonen aparecia em 1º e o de Loeb em 2º. Mas não era a única "troca", pois Armindo Araújo "subia" de 5º para 4º e Sordo "fazia o caminho inverso", ou seja, "descia" de 4º para 5º.
Perante tal cenário, os jornalistas juntaram-se à porta da cabine da organização para pedirem explicações, que surgiram depois de uma longa espera.
Afinal, a classificação que aparecia no site oficial era a correcta, pois tinha havido um protesto da Ford em relação aos Citroen sobre as barras estabilizadoras dos carros da marca francesa. Depois de analisarem os automóveis, a organização entendeu que as tais barras eram ilegais. Assim, todos os Citroen foram penalizados com mais 1 minuto, o que provocou aquelas trocas na tabela geral.
Com o 4º lugar, Armindo Araújo conquista o título da categoria de Produção, mas ainda não pode saborear o troféu, pois este só será entregue depois do TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) se pronunciar sobre a desclassificação do piloto dos Emirados Árabes Unidos Nasser Al-Attiyah, no Rali da Acrópole. Recorde-se que o atleta do pequeno reino árabe foi "atirado" para o último lugar do rali grego depois de terem sido encontradas pequenas peças de metal ilegais no seu Ford. No entanto, o piloto alega que não sabia de nada sobre essas peças e que isso não beneficiava o andamento do carro. A Comissão de Justiça da WRC não aceitou os argumentos de Al-Attiyah e desclassificou o piloto do Rali da Acrópole. A Ford achou que não tinha sido feita justiça e recorreu para o TAS, que ainda não se pronunciou sobre esta matéria.
Se, ao contrário do que se espera, Al-Attiyah "ganhar" o processo no TAS, a classificação muda completamente e Armindo Araújo vai precisar de mais um ponto para garantir o título.
Porém, em declarações à Agência Lusa, Araújo mostrava-se muito feliz e com a "certeza" que o campeonato já não lhe vai fugir: "Sei que ainda falta a decisão do TAS, mas em principio o recurso vai ser indeferido". .
De facto, tal pode vir a acontecer acreditando nos rumores que circulam na Internet. Em várias páginas existem relatos de pessoas que afirmam haver testemunhas que viram homens não fardados com as roupas da Ford a mexerem no carro de Nasser Al-Attiyah a meio da noite. Quem diz isso, afirma também que essas pessoas eram todas árabes e que o piloto estava entre elas.
Polémicas à parte, o piloto português afirmou que o seu "projecto era de apenas 3 anos, mas renovável" se fosse campeão do Mundo, acrescentando que "alguns patrocinadores" só continuavam a dar apoios se "os resultados fossem de alto nível".
Armindo Araújo disse ainda que antes da polémica penalização aos Citroen "estava muito triste" porque tinha conseguido apenas o 5º lugar, ficando a 1 ponto do tão "ambicionado título". Mas, "felizmente houve aqueles castigos, subi para 4º" e agora "é festejar até altas horas da noite".
O piloto portuense terminou as suas declarações dizendo que "um campeonato do Mundo é muito complicado, com provas longas, duras e onde tudo pode acontecer. É preciso ter a estrelinha da sorte, uma boa equipa e muito trabalho, mas mesmo muito trabalho. Só assim é que pode chegar a este nível e sentir esta alegria enorme".
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: O Jogo
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