O sul-africano Giniel de Villiers (Volkswagen) assumiu ontem o comando do Rali Lisboa-Dakar 2007, deixando para trás o espanhol Carlos Sainz, enquanto o português Carlos Sousa (Volkswagen) perdeu um lugar no pódio e também, por alguns momentos o seu co-piloto, no meio de uma tempestade de areia.
Nesta sétima etapa do Rali, os últimos 134 dos 542 Km previstos no percurso entre as cidades mauritanas de Zouerat e Atar foram cancelados, antes do único dia de descanso até a chegada ao Lago Rosa, em Dakar, prevista para 21 de Janeiro.
Villiers foi o mais rápido a superar as dunas mauritanas e as difíceis condições climáticas, terminando o percurso em 4.00.46 horas, seguido pelo francês Stephane Peterhansel (Mitsubishi), que chegou cerca de três minutos depois.
O piloto sul-africano conquistou o primeiro lugar, mas com uma vantagem de apenas 1m39s sobre Sainz, que ficou em terceiro, perdendo 4m50s em relação ao seu companheiro de equipa.
Peterhansel, vencedor em 2004 e 2005, já está na terceira posição da classificação geral, a 24m30s de Villiers, enquanto o actual campeão, o francês Luc Alphand (Mitsubishi), é o quarto, a 33m53s do líder.
O dia foi mau para Carlos Sousa, que praticamente viu o sonho de ficar no pódio desmoronar nas traiçoeiras dunas, chegando em 42º na etapa, a 2h27m34s de Villiers.
O resultado fez cair o português do terceiro para o nono lugar na clasificação geral, também a mais de duas horas e meia do líder.
O site oficial da prova publicou um texto dizendo ter ocorrido um desentendimento entre Sousa e o seu co-piloto, o alemão Andreas Schulz, afirmando que um
"irritado" Carlos Sousa teria abandonado o companheiro durante a prova.
O piloto português, no entanto, explicou o ocorrido de outra forma: Os dois desatolaram o carro e depois disso o alemão teria ficado para trás para reaver as placas que ajudaram na operação, enquanto Sousa se afastou cerca de 1,5 Km devido ao grande fluxo de carros, tendo que esperar quase uma hora até encontrar Schulz.
Fonte: Lusa (Brasil)